BASF & Molécoola: Consumo Consciente e Reciclagem

terça-feira, 19 de outubro de 2021 15:12

BASF & Molécoola: Consumo Consciente e Reciclagem

Já parou para pensar como suas pequenas ações cotidianas podem impactar o futuro do planeta?

No Dia do Consumo Consciente, a BASF recebeu a Molécoola para um bate-papo sobre a importância da reciclagem e como podemos fazer nossa parte e ajudar a construir um futuro mais sustentável.

Confira o vídeo do webinar!



Perguntas e Respostas

Devo lavar o plástico antes de reciclar ou não é necessário? 

É importante limpar os materiais pra remover o resíduo orgânico. Não precisa lavar com água e sabão, se você colocar seus recicláveis no fundo da pia, lavar a louça em cima deles e retirar com a mão o que for orgânico, já é suficiente. A gente tem um vídeo curtinho que explica como fazer no nosso App, na aba “Treinamento” que tem o título “Limpando os Materiais”. Vale a pena dar uma olhadinha, e recomendo sempre também “O Básico Bem Feito” ;)

Qual a diferença entre a reciclagem do PP e do PE? Ambos são recicláveis? 

Ambos não só são recicláveis como compartilham o mesmo processo de reciclagem. Isso não significa que eles possam ser reciclados juntos – na reciclagem das resinas plásticas é fundamental separar bem os materiais – e sim que os equipamentos e as etapas de reciclagem são os mesmos: eles são triturados, depois lavados e secos, então passam por uma extrusora onde são derretidos, viram um fio chamado comumente de espaguete, que é então resfriado, para finalmente ser cortados em grânulos, que é o formato final da resina reciclada.

E no caso dos termoplásticos? esses tipos de polímeros são recicláveis? 

A maior parte dos plásticos que usamos no dia-a-dia são termoplásticos: o PET das garrafas de refrigerante, o PEAD das garrafas de produtos de limpeza e de higiene pessoal, o PP das embalagens de margarina e de sorvete, por exemplo. Nem todos os termoplásticos são recicláveis, há embalagens multicamada de PET/PE, que são termoplásticos, mas por serem multi-camada tornam o processo de reciclagem inviável na maior parte das vezes. Os termofixos são plásticos que não derretem se forem aquecidos e são tipicamente mais difíceis para serem reciclados, como por exemplo a espuma de poliuretano, material usado nas esponjas de lavar louça. Felizmente a maior parte das resinas plásticas utilizadas no mercado (cerca de 75%) são termoplásticas.

Se removermos a etiqueta das embalagens, seria melhor para a reciclagem? 

Sim, tirar as etiquetas e encaminhá-las para o aterro como rejeito é melhor para o processo de recuperação dos materiais recicláveis. Se você tiver a disponibilidade para fazer isso, é ótimo. O cuidado que sempre acho importante destacar é pra não transformar o ato de reciclar em algo muito complexo e/ou que demande muito tempo e esforço, porque se ficar difícil você vai acabar não fazendo todo dia, e é mais importante fazer todo dia um pouco do que fazer perfeito só de vez em quando.

E se removemos a etiqueta, jogamos ela no lixo orgânico?

 A etiqueta deve ir para o rejeito, que vai para o aterro com o lixo comum. O orgânico muitas vezes vai para o aterro também, mas poderia ser colocado em uma composteira e virar adubo para plantas. Mais uma vez, se você conseguir ter uma composteira em casa – há modelos compactos como a Composteira da Humi, por exemplo – é ótimo, mas se for difícil pra você, coloque o orgânico no lixo comum que também vai dar certo.

O PET pode ser reciclado se estiver com a tampa de PP? 

O processo de reciclagem do PET tem uma etapa de separação da tampa (normalmente feita de PP) e do rótulo (normalmente feito de BOPP), então se você colocar tudo junto vai funcionar. Mas é sempre melhor separar na origem, respeitando sempre o tempo e esforço que você consegue dedicar para a reciclagem. Resumindo, é mais importante destinar a garrafa PET para a reciclagem todos os dias com a tampa e o rótulo juntos do que destinar só de vez em quando com cada material separado do outro, mas sempre que você conseguir separar, será melhor.

Você não acha que o vidro ( e o metal da tampa) também não são poluentes? 

Como o Rodrigo comentou, o plástico não para no meio ambiente porque ela quer... o problema está no DESCARTE INADEQUADO! O vidro em si é um material inerte, que não degrada e não forma novos compostos, então não é correto dizer que é um material poluente. Apesar disso, se todo mundo jogar as garrafas de vidro usadas na rua, claramente teremos um problema. A grande dificuldade para a reciclagem do vidro é que a matéria prima base do vidro – a areia – é muito barata, então fica mais fácil para os fabricantes de garrafas simplesmente tirarem mais areia da natureza do que trazerem de volta as garrafas para serem recicladas. Com isso o valor do vidro fica muito baixo, ficando pouco atraente para as organizações que reciclam e frequentemente numa faixa de valor que o custo logístico inviabiliza economicamente a reciclagem.

Vocês sabem da existência de algum projeto para a recompra de embalagens, em máquinas, em pontos específicos, como ocorre em alguns países como Alemanha, USA ?

 Acho importante esclarecer que na Alemanha, por exemplo, o consumidor para um valor a mais no momento da compra da garrafa (na última vez que chequei era 1 Euro) que é devolvido quando ele retorna a garrafa, então não é exatamente uma recompra, mas a devolução de um ‘imposto’ condicionada ao retorno da embalagem. O que nós fazemos na Molécoola aqui no Brasil na verdade é exatamente a compra da embalagem, só que ao invés de darmos alguns centavos para cada consumidor (as embalagens valem bem pouco na verdade), montamos um modelo em conjunto com a indústria de bens de consumo, que oferece descontos em produtos para o consumidor. Essa foi a forma que encontramos de fazer com que o incentivo seja mais relevante do que os poucos centavos que o material valeria.

Quando a embalagem de plástico é classificada como "7-Outros", ela é reciclável? 

Depende, são vários tipos de materiais que caem nessa classificação. Na verdade, todos que não se enquadram nos itens de 1 a 6, que são:

1) PET ou PETE (Tereftalato de polietileno)

2) PEAD (Polietileno de alta densidade)

3) PVC (Policloreto de Vinila ou cloreto de vinila)

4) PEBD (Polietileno de baixa densidade)

5) PP (Polipropileno) e

6) PS (Poliestireno)

Esses 6 tipos são os mais comuns e que representam o maior volume. O 7 – Outros normalmente tem um volume bem menor. Eu sempre acho importante a gente concentrar os esforços naqueles materiais que trazem maior retorno de volume para a reciclagem como um todo, então minha sugestão é dar foco nos plásticos de 1 a 6, que são os mais importantes. Se a gente resolver esses, estamos resolvendo a maior parcela do problema.

Posted in Eventos